Fila do INSS atinge maior nível e se aproxima de 2 milhões

Blog do  Amaury Alencar
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A fila de espera por benefícios do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) voltou a crescer no final de 2024 e atingiu 1,985 milhão de requerimentos em novembro, maior patamar desde o início de 2020. O aumento da demanda reacende preocupações sobre a capacidade do sistema previdenciário em processar pedidos e coloca o governo federal sob pressão, especialmente diante do recente declínio na popularidade do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Os números foram divulgados pelo Ministério da Previdência Social (MPS) e indicam um cenário de piora na fila de concessão de benefícios, uma das promessas de campanha de Lula. O relatório mais recente disponível é referente a novembro, e a atualização de dezembro ainda não foi publicada, o que tem gerado críticas de especialistas.

A divulgação dos boletins do INSS geralmente ocorre até 45 dias após o fim do mês de referência, mas o último documento acessível ainda é de setembro de 2024. Atrasos sucessivos têm levado analistas a questionar se há tentativas do governo de protelar a divulgação da real dimensão do problema.
O Ministério da Previdência justificou que a demora na publicação se deve a inconsistências em dados enviados pela Dataprev, empresa responsável pelo processamento das informações previdenciárias. Entretanto, nenhum detalhe adicional foi fornecido, e a Dataprev não se manifestou até o fechamento desta edição. Enquanto isso, o INSS também foi procurado para comentar as ações em andamento para reduzir a fila, mas não respondeu.

A fila de análise de benefícios já havia voltado a subir em julho de 2024, quando a greve dos servidores do INSS contribuiu para um aumento expressivo de 445 mil requerimentos pendentes entre julho e setembro. Nos meses seguintes, outubro e novembro, a fila cresceu ainda mais, somando 186,2 mil novos pedidos à espera de análise.
O cenário gera dificuldades para milhões de brasileiros que dependem dos benefícios previdenciários, como aposentadorias, auxílios e pensões. Especialistas alertam que atrasos prolongados impactam diretamente a população mais vulnerável, que frequentemente enfrenta dificuldades financeiras enquanto aguarda a concessão de seus benefícios.

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