
Foto: Marcelo Camargo/ Agência Brasil
A Polícia Federal (PF) desencadeou, nesta quarta-feira (22), a Operação Sequaz, com o objetivo de “desarticular uma organização criminosa que pretendia realizar ataques contra servidores públicos e autoridades”. Segundo a PF, o senador Sérgio Moro seria um dos alvos.
Os investigadores informaram que o grupo planejava crimes como homicídio e extorsão mediante sequestro em ao menos cinco estados. “Os ataques poderiam ocorrer de forma simultânea, e os principais investigados se encontravam nos estados de São Paulo e do Paraná”, informou a PF.
Nas redes sociais, Moro apontou que o grupo criminoso em questão seria o PCC. Os ataques, segundo ele, seriam represálias de algumas das lideranças da facção, que foram transferidas para presídios federais durante sua gestão à frente do Ministério da Justiça.
Ministro nega vínculo entre operação e entrevista
O atual ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, disse mais cedo que a operação da PF não tem qualquer ligação com a entrevista dada pelo presidente Lula (PT) ao site Brasil 247, na terça-feira (21), quando o presidente disse que, quando estava preso, queria se vingar do então juiz Sérgio Moro.
Moro, por sua vez, reagiu à fala de Lula ao afirmar que a única coisa que o presidente aprendeu na prisão foi o “linguajar de cadeia”. “Eu fiquei chocado com a fala, um linguajar todo inapropriado para um presidente, e eu fico pensando o que o presidente aprendeu nesse período”, afirmou o senador.