Marina Silva diz que vai buscar recursos fora do Brasil para retomar ações de preservação ambiental

Blog do  Amaury Alencar
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Foto: Fábio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

 A nova ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA) do Brasil, Marina Silva (Rede), afirmou em entrevista à TV Brasil, que o país precisa se apressar para recuperar o tempo perdido nos último anos, em relação a política ambiental, já que essa não era uma prioridade da antiga gestão do Governo Federal.

Sobre os próximos passos, Marina afirmou que o país precisará buscar recursos de fora para retomar ações de preservação do meio ambiente.

“Vamos buscar doação da filantropia. Quando estive no Egito [durante a COP27, conferência da ONU sobre mudanças climáticas], me reuni com altos representantes da filantropia global e alguns virão ao Brasil para negociar aporte de recursos”, afirmou.

Segundo ela, entre as entidades interessadas em cooperar estão a Fundação Earth Alliance, presidida pelo ator Leonardo diCaprio, e a Bezos Earth Fund, criada por Jeff Bezos, dono da gigante varejista Amazon. Ela adiantou também que irá ao Fórum Econômico Mundial, em Davos, na Suíça, a fim de buscar mais recursos para preservação ambiental no Brasil.

Já na gestão Lula, o Brasil reabriu o Fundo Amazônia, que conta com doações de outros países para combate ao desmatamento na região, além do apoio a pesquisas e atividades produtivas sustentáveis. Atualmente, a Alemanha e a Noruega são os países parceiros desse fundo, que poderá contar com o Reino Unido em breve.

Marina afirmou ainda que o dinheiro retido no fundo atualmente, que contabiliza R$ 3 bilhões, será utilizado de forma emergencial para ações de gestão, fiscalização e monitoramento.

Primeiras ações do MMA

A transição do Brasil para uma economia de baixo carbono está entre as primeiras direções que o MMA deve seguir, já a União Europeia adotou novas regras sobre o tema e se o Brasil não se adequar, poderá prejudicar a indústria exportadora nacional.

“A União Europeia aprovou regramento que não permite a entrada de produtos oriundos de desmatamento, violência, do garimpo ilegal, de destruição de áreas protegidas. O esforço será de fazer o dever de casa para não prejudicar o agronegócio brasileiro, os interesses brasileiros, a indústria”, afirmou.

De acordo com a ministra, o mundo já passa a ver o Brasil de forma diferente após a mudança de governo. E mesmo que as políticas ambientais do governo Lula ainda não tenham sido postas em prática, já existe confiança da comunidade internacional.

Fonte: Agência Brasil

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