Descaso do DNOCS: Com dificuldades para funcionar, Perímetro irrigado de Mauriti completa 50 anos

Blog do  Amaury Alencar
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Fundado desde o ano de 1972 no distrito de Quixabinha, que fica localizado no município de Mauriti, o Perímetro Irrigado quixabinha está a completando 50 anos este mês. O espaço é o primeiro e único na região do Cariri, mas tem enfrentado grandes desafios para se manter em funcionamento. Os produtores cobram mais incentivo e “olhar” do Governo e dos órgãos competentes, a exemplo do Dnocs, tendo em vista que até o escritório do órgão e uma escola que era mantida sobre a administração do órgão federal está fechado.
Evaldo Simão é filho de produtor de banana. e ex- Presidente da cooperativa dos irrigantes do perímetro irrigado de Quixabinha, conta que atualmente que a produção está razoável, porque não tem ajuda nenhuma. “A gente tem que ir levando aos poucos”, diz ele, que produz em média 9 mil bananas por semana. Segundo ele, é preciso mais incentivo para aumentar a produção. “É que venha técnico para incentivar a gente, ou incentivo para compra de adubo, porque tudo é caro hoje”, afirma.

Além disso, Evaldo gostaria de diversificar as culturas de plantação, como a uva, laranja e melancia. No entanto, há outro problema que é latente na vida dos produtores: o alto custo de energia. “Se você for trabalhar durante o dia e a noite, no final do ano pode vender sua propriedade e entregar o dinheiro a empresa”. A média é de R$ 1.800 mensais, quando se irriga pouco.
produtor reconhece a importância histórica do Perímetro para o Cariri. “Esse ano, o perímetro comemora 50 anos de fundação. Estamos nos sentindo em uma situação de abandono, pelo próprio ministério da Integração Nacional , há um afastamento. Hoje nós temos dificuldade no escoamento da produção, acúmulo de lixo e uma sensação de abandono”, diz.

Segundo ele, o perímetro tem uma contribuição para o desenvolvimento do Sul do Ceará. “Aqui, as maiores produções de tomate, banana, cana de açúcar vem desse perímetro. Atualmente, os empresários têm comprado bastante devido a situações agrícola, fazendo com que os agricultores migrem para outras regiões mais periféricas”, conclui.
Para os produtores, um outro problema que eles têm enfrentado diz respeito à mecanização do trabalho após a chegada de empresas à região, o que culminou com a desvalorização dos trabalhadores. Isso aliado ao consumo exacerbado de água.

O produtor rural Evaldo Simão da Silva, residente no perímetro Irrigado de Quixabinha, denuncia a reportagem do Blog do Amaury Alencar, que há uma situação de descaso por parte do Governo Federal para com a classe produtora do perímetro irrigado, não temos se quer uma assistência técnica, falta incentivo por parte das instituições governamentais para produzirmos a Banana que é um dos nossos principais carros chefe da nossa produção.

o valor cobrado pela empresa Enel para o fornecimento de energia elétrica, para possibilitar a irrigação dos nossos lotes, é muito alto, e isso está inclusive inviabilizando toda a nossa produção, se formos irrigar durante o dia e a noite os nossos lotes teremos que vender para poder pagar a conta de energia, desabafa ele.

Embora com toda essa dificuldade, eu estou ainda conseguindo comercializar toda a minha produção para o Estado da Paraíba, eu levo entre oito e dez milheiros de Banana por semana a um preço de 100,00 o milheiro da banana.

o produtor disse que esse preço esta totalmente defasado em função de não termos a quem vender diretamente aos grandes centros ou aos supermercados, sempre ficamos na mão dos atravessadores, por falta de uma política de incentivo do Governo Federal e das próprias instituições bancarias com juros menores para compramos adubo, porque do custo desta produção não temos comprar esse adubo, e com isso estamos revoltados.

Jornalista Amaury Alencar

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