Transtorno do Espectro Autista é tema de audiência pública na Câmara Municipal de Juazeiro do Norte

Blog do  Amaury Alencar
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Foto: Josimar Segundo/Ascom


A Câmara Municipal de Juazeiro do Norte realizou, na manhã dessa sexta-feira (29), audiência pública para tratar sobre a Assistência Municipal às Crianças Autistas, que atinge cerca de 573 crianças laudadas em 92 escolas na rede Municipal. 

De acordo com a Assessora de Inclusão da Seduc, Lucélia Sampaio, no Município tem 573 crianças com TEA diagnosticada, e 964 crianças com deficiência, "podem surgir muito mais no decorrer do nosso trabalho," explicou a assessora. 

 A Secretaria de Desenvolvimento Social e Trabalho (SEDEST), por meio da Secretária Josineide Pereira, vem buscando algumas alternativas para melhorar o trabalho, "fizemos algumas reuniões para discutir sobre o assunto, inclusive fizemos algumas capacitações no mês de abril com os profissionais dos CRAS de todos os equipamentos da SEDEST." 

Para receber melhor as mães e as crianças, é preciso fazer um trabalho de qualidade com capacitação, "no CRAS do São Gonçalo, já está sendo desenvolvido um grupo com as mães de crianças autistas", afirmou a Diretora de Proteção Social Básica Isabella Ângelo. 

Além de saber lidar com as crianças, muitas mães sofrem com a violência doméstica, "o trabalho é gigantesco, é desafiador, precisamos de parceiros, da Sedest, da saúde, precisamos da sociedade, para poder estarmos discutindo e fazendo uma inclusão mais eficiente", afirmou Lucelia Sampaio. 

Gilmara é mãe de um jovem autista de 21 anos, e aos 41 anos de idade descobriu que também é portadora de TEA, "eu me culpava me cobrava, não me entendia e não me aceitava. Então quando você tem um diagnóstico você começa a entender e  começa a tratar." 

Francisca Gomes é mãe de uma criança autista, que há dois anos não recebe atendimento de fono e que nas escolas não tem monitores. A mesma também relatou que muitas crianças sobrem bullying na escola, "uma adolescente de 13 anos sofreu bullying na escola no Jardim Gonzaga, a menina teve o cabelo cortado e não quer ir estudar," relatou a mãe. 

Segundo Francisca Gomes, "é preciso que a direção da escola se reúna com os profissionais e com os pais para conversar, não é o autista que precisa se adaptar ao mundo dos outros, mas que os outros precisam se adaptar ao mundo do autista, porque se não aprender em casa a respeitar uma criança com autismo ou outra deficiência,  as coisas não irão melhorar." finalizou Francisca Gomes. 


(Colaborou Mirelle Eufrásio)

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