Morre Monarco, presidente de honra da Portela e símbolo do samba

Blog do  Amaury Alencar
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Monarco morre após complicações de uma cirurgia (foto: PH Registrou/Reprodução )

Monarco morre após complicações de uma cirurgia (foto: PH Registrou/Reprodução )



Monarco, baluarte mais antigo da Portela e considerado símbolo do samba, morreu neste sábado, 11, aos 88 anos. 

O presidente de honra da escola de samba carioca estava internado desde novembro no Hospital Cardoso Fontes, no Rio de Janeiro. Ele realizou uma cirurgia no intestino, mas não resistiu às complicações. A informação foi confirmada pela família do sambista para a Rede Globo.

 "Sua última apresentação em público foi onde mais gostava de cantar, em casa, na quadra da Majestade do Samba!", disse a diretoria da Portela, em nota. "Na ocasião, participou da edição de outubro da Feijoada da Família Portelense ao lado de seus companheiros de estrada e de vida da Velha Guarda Show". As informações sobre o velório e o enterro ainda não foram divulgadas.

Trajetória

Monarco é o mais antigo integrante da Velha Guarda da Portela. Sob o nome de Hildemar Diniz, o sambista nasceu em Cavalcanti, Zona Norte do Rio. Ao se mudar Oswaldo Cruz, bairro de origem da Portela, começou a frequentar rodas de samba e começou a compor músicas.

Aos 17 anos, em 1950, tornou- se membro da Ala de Compositores da escola. Além de cavaquinista e percussionista, ele também foi diretor de harmonia. Na década de 1960, chegou a trocar de escola e migrou para a Unidos de Jacarezinho, mas retornou à Portela em 1969.

Nos anos 70, emplacou sucessos como "Glórias do Samba", “O Quitandeiro” e “Lenço”, que fazem parte do disco "Portela passado de glória". O álbum, produzido por Paulinho da Viola, foi gravado junto à Velha-Guarda da escola. Com um legado de mais de 70 anos e 6 discos gravados, o sambista se apresentou ao lado de gigantes da música brasileira, como Marisa Monte, Paulinho da Viola, Martinho da Vila, Zeca Pagodinho, entre outros.

Monarco é pai dos compositores e cantores Marcos Diniz, do Trio Calafrio, e Mauro Diniz, idealizador do Trem do Samba. Além dos filhos, deixa esposa e netos.

                                      o Povo 

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