Parlamentares cearenses de partidos de oposição participam dos atos contra o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) na Praça da Bandeira, em Fortaleza, neste sábado, 2 de outubro. Os deputados federais José Guimarães (PT), Idilvan Alencar (PDT), o vereador de Fortaleza Ronivaldo Maia (PT) e Ailton Lopes, liderança do PSOL, estão entre os presentes. O secretário estadual de Ciência, Tecnologia e Educação Superior, Inácio Arruda, líder do PCdoB, também participou das manifestações desta manhã na Capital.
José Guimarães (PT) avaliou que os atos deste sábado marcam algumas diferenças dos anteriores. Dentre elas, a unidade das forças progressistas do país. "Veja que há vários partidos: PT, Psol, PCdoB, PSB (...) aqui não tem eleição. Eleição a gente vê depois", afirmou, acrescentando que os atos de hoje "ampliam o movimento e consistência”.
Questionado sobre a presença de parlamentares do PDT nos atos em Fortaleza, Guimarães disse que é “positivo” ver a militância em peso e de todos os partidos. “Trata-se de uma manifestação muito plural e sem agressão contra ninguém”, pontuou.
Idilvan Alencar (PDT) concorda com o companheiro de Câmara dos Deputados. “Esse movimento é forte, é suprapartidário, as pessoas de bom senso tem a obrigação de protestar para evitar mais mal a essa nação (...) o momento é urgente, é necessário. Bolsonaro faz muito mal ao país e pode aumentar com a reforma administrativa”, disse.
O vereador Ronivaldo Maia (PT), diz que neste sábado a adesão deve ser maior porque a organização do evento fez um esforço para concentrar atos em um local. “A gente fez um esforço de concentração. Da outra vez, tivemos Fortaleza, Caucaia, Maracanaú. E agora queremos concentrar nos grandes centros: aqui, no Cariri, na região Norte”, explicou. O parlamentar disse ainda esperar outras lideranças petistas como o deputado estadual Elmano de Freitas e a deputada federal Luizianne Lins.
Questionado sobre a adesão de outros partidos, o vereador disse que siglas mais à direita como MBL não devem estar presentes. Ele defendeu a adesão do PDT aos atos. “O MBL e esse pessoal da direita não vem e não são bem-vindos. O Ciro vai (para os atos da direita) porque é parte daquilo, metade lá e metade cá. Agora o PDT, o lugar dele é aqui. Já vi o vereador Júlio Brizzi, a juventude do PDT e outras forças por aqui”.
Já Ailton Lopes (Psol) disse que o governo “atua de forma deliberada para a morte das pessoas”. Para a liderança pessolista, “deixa de ser uma questão partidária e precisamos de mais gente participando dos atos (...) Para nós o Fora Bolsonaro não é só uma questão de oposição ao governo, é uma questão de defesa da vida”.
Os protestos deste sábado responsabilizam Bolsonaro pelo aumento de preços de gasolina, alimentos e as quase 600 mil mortes durante a pandemia de Covid-19. Os manifestantes pedem ainda o impeachment do presidente e defendem maior celeridade na vacinação e a geração de emprego e renda.
Com informações do repórter Carlos Mazza
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