Itaipu prevê queda de 15% na produção de energia devido à crise hídrica

Blog do  Amaury Alencar
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A administração da usina de Itaipu estima que a hidrelétrica produzirá uma quantidade de energia 15% menor neste ano, em comparação com o resultado de 2020, por causa da crise hídrica. A informação foi revelada nesta 5ª feira (14.out) por Hugo Zarate, superintendente de operações da Barragem, que fica no rio Paraná, na fronteira do Brasil com o Paraguai, e é considerada uma das sete maravilhas do mundo moderno.

Em entrevista concedida à agência Associated Press, Hugo disse que, em 2021, deverão ser gerados entre 65 milhões e 67 milhões de megawatts-hora (MWh). O valor representa também uma queda de 35% frente ao melhor resultado já alcançado pela usina em um ano. Ainda segundo o superintendente, a administração de Itaipu não espera "que a crise de falta de água se solucione antes do ano de 2022. Iniciaremos o ano de 2022 em uma situação bastante complicada em termos de armazenamento de água".

 No último sábado (9.out), Itaipu atingiu a marca de 50 milhões de MWh gerados em 2021. Segundo a hidrelétrica, a quantidade de energia é suficiente para abastecer o mundo por 19 horas, o Brasil por um mês e sete dias, e a cidade de São Paulo por um ano e dez meses, por exemplo. O diretor-geral brasileiro da usina, João Francisco Ferreira, disse que o índice de produtividade da usina contribuiu para que o valor fosse alcançado mesmo em meio à escassez de chuvas.

Neste ano, a produtividade média da Barragem está no patamar recorde de 1,0977 megawatt médio por metro cúbico por segundo (MWméd/m³/s). Hugo Zarate relembrou, porém, que o conjunto de usinas hidrelétricas está sofrendo impacto da escassez de chuva no Brasil, expresso no aumento do preço de energia para o consumidor final no país. De acordo com a Associated Press, o leito do rio Paraná chegou ao menor nível em quase 80 anos.

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