O orçamento do governo Bolsonaro para 2022 enviado para o Congresso Nacional prevê despesa de R$ 5,3 bilhões para novas contratações. Ao todo, serão 73.640 mil cargos públicos, entre novos postos e a reposição dos que estão vagos. Com isso, o gasto com pessoal passará de R$ 332,355 bilhões, em 2021, para R$ 342,798 bilhões em 2022. O montante, no entanto, não traz a previsão de reajustar o salário dos servidores já concursados, mas aumenta a previsão com a criação de novos cargos e a ocupação dos que já existem e estão vagos.
No total, os três Poderes criarão 4.097 vagas e serão repostas outras 69.543 por meio de convocação de aprovados em seleções já realizadas ou por meio de novos concursos. Só no Executivo, o governo estimou a criação de 1.129 postos vinculados a militares, além do provimento de 53.442 vagas para atender a outros órgãos, entre os quais vagas para professores, técnicos administrativos, policiais e novamente militares.
Ao apresentar a proposta orçamentária ao Congresso no último dia 31, o secretário de Orçamento, Ariosto Culau, citou a previsão de novos concursos em 2022 e disse que a ação “não tem finalidade eleitoreira, mas atende a necessidades da administração publica”, pois identificou-se “a necessidade de recomposição de força de trabalho” para o “atendimento de políticas setoriais nos vários órgãos de administração”.