Preço médio das passagens aéreas no Ceará cai 1,55%

Blog do  Amaury Alencar
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No Ceará, apenas 2,5% das passagens foram comercializadas com tarifas aéreas abaixo de R$100 (Foto: BARBARA MOIRA)
No Ceará, apenas 2,5% das passagens foram comercializadas com tarifas aéreas abaixo de R$100 (Foto: BARBARA MOIRA)

preço médio do bilhete aéreo no Ceará fechou o primeiro trimestre deste ano em R$ 421,58. Queda de 1,55% em relação à média praticada em igual período de 2020, mas R$ 45,26 acima da média brasileira (R$ 376,32). Os dados são do relatório de Tarifas Aéreas Domésticas – 1º trimestre de 2021, da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac).

No Nordeste, é o estado com a segunda menor média de preço de passagem. Perde apenas para Bahia (R$340,67). Por outro lado, o Alagoas puxa o ranking na região com as passagens mais caras, com média de R$ 492,62.

Mas, em termos de variação percentual ante os preços de 2020, a redução de 1,5% no bilhete cearense também foi um dos menores. Em Alagoas e na Bahia as quedas foram, respectivamente, de 17,1% e 15,9%. Já em Pernambuco, as passagens ficaram mais caras (1,3%) no período.


 De janeiro a março deste ano, o preço por quilômetro voado por passageiro (Yield Tarifa Aérea Médio Doméstico Real) foi de R$ 0,2152, redução de 13,1% frente ao valor registrado um ano antes (R$ 0,2477).

Nos três primeiros meses deste ano, apenas 2,5% das passagens foram comercializadas com tarifas aéreas abaixo de R$100. A grande maioria, 42,5%, foi adquirida por até R$ 300. Já as passagens acima de R$ 1.500 representaram 2,2% do total dos bilhetes vendidos no período.

No Brasil, este foi o terceiro ano consecutivo de redução do indicador no período. De acordo com a Anac, em decorrência dos impactos causados pela pandemia de Covid-19, o mercado doméstico continuou apresentando retração nos três primeiros meses deste ano em comparação com igual período de 2020.

No mercado doméstico, a demanda de passageiros e a oferta de voos, por exemplo, apresentaram redução no período, da ordem de 32,4% e 28,5%, respectivamente. No acumulado dos três primeiros meses, houve queda também no número de passageiros pagos transportados, de 37,8%. 

O que pesou nos gastos

Dentre os custos mais significativos da indústria aérea, e que apresentam impacto direto na precificação do bilhete aéreo, está o querosene de aviação (QAV) que teve aumento de 2,2% de janeiro a março deste ano, em comparação com os primeiros meses de 2020.

A taxa de câmbio, por sua vez, oscilou significativamente nos primeiros meses de 2021. O dólar iniciou o ano com valor mensal de 5,36 R$/US$, passando para 5,42 R$/US$ em fevereiro e terminando março em 5,65 R$/US$. No acumulado, o dólar foi 22,8% superior no 1º trimestre deste ano frente aos primeiros meses de 2020.

Metodologia do relatório de tarifas aéreas

Os dados fazem referência às passagens para uma pessoa adulta em voos domésticos. E são repassados mensalmente pelas companhias aéreas e submetidos à fiscalização pela Anac para verificar a sua consistência e tempestividade.

O valor da tarifa aérea registrado corresponde à remuneração dos serviços de transporte aéreo público e não contempla o valor da tarifa de embarque nem o valor de serviços opcionais. Não são passíveis de registro os dados das passagens comercializadas sob condições especiais, tais como programas de fidelização de clientes, tarifas corporativas, pacotes turísticos, tarifas para grupos de passageiros, gratuidades, tarifas para empregados e crianças.

                            O POVO 

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