Governadores contam com Auxílio Emergencial de R$ 600 para bancar subsídios e ajuda aos mais atingidos pela pandemia

Blog do  Amaury Alencar
0

 


A Câmara dos Deputados se reúne, nesta quarta-feira, para discutir e votar o Auxílio Emergencial de R$ 250 aprovado pelo Senado Federal. Não existe consenso entre os deputados sobre o valor, que representa pouco mais de um terço da primeira edição do auxílio. 

Nesta nova etapa, o governo quer aportar cerca de R$ 40 bilhões, para atender as pessoas atingidas economicamente pela pandemia, cerca de 10% dos R$ 400 bilhões gastos em 2020. Os deputados consideram um esforço financeiro pequeno por parte do Erário federal, dada a proporção dos prejuízos causados pela pandemia aos trabalhadores informais. 

Na outra ponta, governadores estão pressionando deputados para sugerir um auxílio emergencial com valor maior. Dentro dos seus estados, pretendem complementar o auxílio, bancando gás de cozinha, conta de água e luz, isenção de impostos. Para algumas categorias, recursos, como foi feito no Ceará, onde Camilo Santana decidiu que o Estado pagaria R$ 1 mil, em duas parcelas, ao pessoal de eventos. 

Outra situação que deixa os deputados desconfortáveis é o número de parcelas. Os parlamentares têm convicção de que a pandemia se arrastará por mais de quatro meses, podendo a temporada de pico da doença se estender até dezembro e, consequentemente, atingindo toda a economia. Talvez, estender o prazo seja uma saída para satisfazer o direcionamento político de aprovação da PEC do Auxílio Emergencial. 

O desencontro entre o governo federal e os governos estaduais, mais uma vez, causa dificuldades. O Congresso Nacional poderia estar votando um projeto que incluísse todos os interesses da população vulnerável, mas o remédio a ser aplicado, novamente, é paliativo. 

A semana política em Brasília está tensa. Falta de vacina, pandemia sem controle, STF anulando processos da Lava Jato e o presidente Bolsonaro tentando comprar um spray para Covid-19 que ainda nem saiu da primeira fase das pesquisas. O Brasil precisa buscar saídas para seus problemas mais urgentes, sem traumas. 



                  


Postar um comentário

0Comentários
Postar um comentário (0)