MP detalha esquema da compra de votos de candidatos em Pacujá

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Por : Redação CN7




Ministério Público Eleitoral deflagrou nesta segunda-feira (9) a ‘Operação Sufrágio II’, um desdobramento da ‘Operação Mensalinho’, realizada no dia 27 de outubro. Foram cumpridos mandados de busca e apreensão nas residências de candidatos a prefeito, vice-prefeito, vereadores e apoiadores do município de Pacujá.

As informações colhidas revelam em seu conteúdo a existência de um esquema de compra de votos em troca de vários benefícios aos eleitores, tais como: compra de passagens aéreas, entrega de materiais de construção, depósito de valores, entrega de dinheiro em espécie, pagamentos de exames médicos, dentre outros.

Candidatos envolvidos

Dentre os investigados estão os candidatos a Prefeito de Pacujá, Raimundo Rodrigues de Sousa Filho (PDT) Elisângela Nirlane Freire (Cidadania), que através de intermediários, dentre eles vereadores, estão promovendo uma compra desenfreada de votos naquele município, seja com a promessa ou a entrega de vantagens como dinheiro, material de construção, dentre outros benefícios aos eleitores.

Segundo o MPE, os investigados utilizavam-se de uma verdadeira “central de passagens aéreas” criada objetivando a captação ilícita de sufrágio. Esquema organizado pelo grupo político de Raimundo Filho, inclusive com conhecimento desse, e com a atuação contínua dos demais vereadores, sendo seu maior articulador o parlamentar Braz Rodrigues Alves de Brito e intermediada pela esposa do vereador Luciray Jefferson Rodrigues de Sousa, a investigada Thallyta Miranda de Abreu, cuja função era reservar os bilhetes aéreos, bem como transferir valores aos eleitores, no intuito que os mesmos efetuassem a compra das passagens.

As investigações no âmbito da operação “Sufrágio II” apontam ainda provas que revelam a participação de agentes de segurança da Polícia Militar que agiram em conluio com os investigados, possibilitando a ocorrência de diversos outros crimes, os quais estão sendo apurados.

O conjunto probatório respalda-se nos áudios e diversos diálogos via aplicativo WhatsApp, bem como imagens de documentos pessoais de eleitores encontrados nos aparelhos celulares dos vereadores Braz Rodrigues Alves de Brito e Francisco Ilderlan Aureliano Pereira, os quais mantiveram contato com os demais investigados, organizando e executando os crimes eleitorais, fruto desta investigação.

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