Pazuello e Fiocruz discutem como acelerar vacina no País

Blog do  Amaury Alencar
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 O ministro interino da Saúde, Eduardo Pazuello, e a presidente da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), Nísia Trindade Lima, discutiram ontem (31) formas de acelerar o cronograma da produção da vacina contra a covid-19 no Brasil. A vacina resultará de acordo entre a Fiocruz, a empresa biofarmacêutica global AstraZeneca e a Universidade de Oxford. A parceria prevê a assinatura, na primeira semana de setembro, de um acordo de encomenda tecnológica e desenvolvimento de uma plataforma para fabricação de outras vacinas, como a da malária.


                                


Anunciado em 27 de junho pelo Ministério da Saúde, o acordo resulta de tratativas entre os governos do Brasil e do Reino Unido. O governo federal liberou crédito extraordinário de R$ 1,9 bilhão para produção e aquisição da vacina contra a covid-19 produzida pelo laboratório AstraZeneca e Universidade de Oxford. Pelas previsões, as primeiras doses da vacina contra a covid-19 deverão ser distribuídas no início de 2021, por meio do Programa Nacional de Imunização (PNI), que atende o Sistema Único de Saúde (SUS).
No encontro com a presidente da Fiocruz, Pazuello disse que o ministério corre para acelerar o processo e disponibilizar, o mais rápido possível, a vacina que imunizará os brasileiros contra a covid-19. “O governo está investindo todos os esforços para entregar à população uma vacina segura e eficaz, com todo o cuidado e zelo necessários para a vida dos brasileiros.”
Inicialmente, deverão ser produzidas 100 milhões de doses a partir de insumos importados. A produção integral da vacina na unidade técnico-cientifica Bio-Manguinhos tem início estimado para abril do próximo ano. Segundo Nísia Lima, a Fiocruz está mobilizando todos os recursos tecnológicos e industriais de que dispõe para que a população tenha acesso à vacina no menor tempo possível. “Estamos conversando com a Anvisa [Agência Nacional de Vigilância Sanitária] e parceiros tecnológicos com o intuito de reduzir os prazos de produção, registro e distribuição da vacina”, disse Nísia.

Cargo
O ministro interino da Saúde, Eduardo Pazuello, nomeou o médico veterinário Laurício Monteiro Cruz como novo diretor do departamento de imunizações e doenças transmissíveis do Ministério da Saúde. Cruz ficará responsável por coordenar medidas de controle de doenças transmissíveis e deve estar à frente das discussões sobre a estratégia de vacinação para a Covid-19, entre outras doenças. A função é subordinada à secretaria de vigilância em saúde, hoje ocupada pelo farmacêutico Arnaldo Medeiros, que havia sido indicado pelo centrão. A nomeação foi publicada no Diário Oficial da União desta segunda-feira (31). Cruz é mestre em medicina veterinária pela Universidade de Brasília e presidente do Conselho Regional de Medicina Veterinária do Distrito Federal.
Também trabalhou na diretoria de vigilância em saúde do DF no controle de leishmaniose e fez especialização em vigilância sanitária, com foco na leishmaniose visceral em cães. A nomeação de Cruz foi questionada por meio de mensagem em redes sociais pelo ex-secretário da área na pasta, Wanderson Oliveira.
“Nada contra os veterinários, mas essa pessoa que colocaram para coordenar o Programa Nacional de Imunização é um veterinário sem experiência com imunização”, disse. “É lamentável que estejamos vendo esse desmonte da SVS [secretaria de vigilância em saúde].” Cruz ocupará o lugar de Marcelo Wada, também formado em veterinária, mas com mestrado em saúde coletiva e servidor de carreira do ministério. 


(com informações da Agência Brasil)

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