Governistas fazem projeções sobre números de prefeitos que poderão eleger neste ano no Ceará

Blog do  Amaury Alencar
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Mapa com os municípios cearenses.

Com a definição dos candidatos nos 184 municípios cearenses, os governistas fazem as contas de quantos prefeitos podem eleger na disputa deste ano. Os cálculos mais realistas, dizem, projetam para a vitória de aproximadamente dois terços das prefeituras do Estado, somando apenas os nomes apresentados pelo PDT, PSD e PP, cujas agremiações apresentaram quase duas centenas de postulantes. Em alguns municípios eles disputam entre si. Pelos prognósticos, MDB e PT, não incluídos na aliança, embora dela participem em algumas localidades, farão menos prefeitos do que no pleito passado.

As projeções, de fato, podem ser consideradas muito otimistas, mas a realidade eleitoral do Estado é bem adversa aos partidos de oposição. Inexplicavelmente, fora do período eleitoral ou a ele antecedente, não se tem notícia do trabalho de oposicionistas, a partir de Fortaleza, o principal colégio eleitoral do Estado, na mobilização de correligionários para a consolidação dos seus partidos, nem muito menos fazendo a oposição que o eleitor gostaria de ter, como provocação ou estímulo ao governante, para que os prefeitos e o governador produzam mais e melhor em benefício do próprio povo. A oposição, e parte dos governistas, só aparecem nos municípios em que são votados à época da eleição.

Esse pouco interesse da oposição de fazer política fora do momento da eleição, além de afastá-la do eleitorado gera um enorme prejuízo à sociedade que, a cada ano fica mais órfã de líderes políticos. O pessoal do quadro da situação, erroneamente, fica adormecido à sombra do Governo, qualquer deles, esperando a chegada das eleições para receber ou não as bênçãos dos chefes. Estes, sim, trabalham. Eles precisam manter a força política e mais subservientes os aliados. É exatamente por isso que os nomes dos candidatos sempre saem “do bolso do colete” dos chefes, frustrando os excluídos que, indiscutivelmente, são os únicos culpados das exclusões, exatamente por não terem exercido a política.

senador Cid Gomes (PDT) e o ex-vice-governador Domingos Filho (PSD), foram os dois principais articuladores de candidatos a prefeito na base governista. Os pedetistas apresentaram mais de cem candidatos no Estado todo, e o PSD um pouco menos. Os dois e o PP, presidido pelo deputado federal AJ Albuquerque, o menor dos três, podem eleger, pelos cálculos deles, até dois terços do total de prefeitos dos 184 municípios cearenses, sendo o PDT amplamente majoritário, aproximando-se dos 80 prefeitos. No grupo governista ainda estão alguns partidos bem posicionados para eleger gestores de vários municípios, incluindo o PL, o PTB e o PSB.

O MDB, fora do arco de aliança governista, embora em alguns municípios do Estado a sigla tenha coligação com o PDT, o principal partido da base, deve eleger uns poucos prefeitos, mesmo assim poderá ter um resultado inferior ao do pleito passado. O mesmo fim do MDB será o do PT, o de sair menor no pleito deste ano no Ceará, embora possa eleger o titular da Prefeitura do Crato, uma importante cidade da Região do Cariri. Estes partidos, assim como o PSDB, que não aprenderam as lições das urnas em 2016, amargarão, sem que aqui esteja-se fazendo mero exercício de futurologia, novas e fragorosas derrotas nos pleitos seguintes. 


   jornalista Edson Silva 

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