Durante
a gestão de Mandetta, Oliveira foi uma das autoridades do ministério
que mais participou das ações para enfrentar a pandemia. Assim como o
ex-ministro, o secretário defende o isolamento social como estratégia de
contenção do coronavírus, medida de apelação pelo presidente Jair
Bolsonaro, que afirma que essa ação é prejudicial à economia.
Em
mensagem enviada à equipe, Wanderson disse que a saída foi definida no
dia 15 de abril, mas que permaneceu mais algumas semanas a pedido de
Mandetta e de seu sucessor, Nelson Teich, que também já deixou uma
massa.
Após a saída de Teich, menos de um mês após assumir a pasta, o
secretário de Vigilância disse que acordou sua saída com o ministro
interino da Saúde, Eduardo Pazuello, na última quarta-feira (20).
Oliveira é servidor do Hospital das Forças Armadas em Brasília e se
reapresentará à instituição.
"Apesar de sair da função de Secretário de Vigilância em Saúde, continuar ei ajudando ao Ministro Pazuello nas ações de resposta à pandemia. Somos da mesma instituição, Ministério da Defesa e conosco é missão dada, missão cumprida", disse Wanderson.
O
Ministério da Saúde confirmou a saída do secretário e disse que o
substituto será informado nas próximas edições do Diário Oficial da
União.
O secretário diz no momento em que o Brasil já registra mais de 22 mil mortes e 349.113 pessoas foram infectadas, segundo o último balanço do Ministério da Saúde.
Oliveira
é enfermeiro epidemiologista, doutor em epidemiologia, tem mais de 20
anos de experiência, sendo 15 deles no Ministério da Saúde, segundo a
própria pasta. Ele é servidor público federal e tem passagens pelo
Ministério da Defesa e Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).
Doutor
em epidemiologia pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul
(UFRGS), ele coordenou a resposta nacional à pandemia de influenza e à
síndrome da zika congênita e atuou como ponto focal para o regulamento
sanitário internacional e eventos de massa, como Copa do Mundo e
Olimpíadas, segundo o governo.
Ele
tem especialização pelo programa de treinamento em epidemiologia
aplicada ao SUS, pelo Centro de Controle e Prevenção de Doenças da
Geórgia, nos Estados Unidos. É especialista em epidemiologia pela Escola
de Saúde Pública Johns Hopkins, também nos Estados Unidos, e é
professor da escola da fundação Oswaldo Cruz, em Brasília.
Paulo Sergio de Carvalho