Agricultores têm uma semana para demandar Estado por sementes

Blog do  Amaury Alencar
Agricultora Otília Sena, do município de Aracati, distante 147,quilômetros de Fortaleza
Agricultora Otília Sena, do município de Aracati, distante 147,quilômetros de Fortaleza
O trabalho para garantir a boa safra em 2021 já começou. Produtores têm até próximo 30 de maio para demandar ao Governo do Ceará, por meio do Programa 34ª Hora de Plantar, as sementes para o plantio. A solicitação dos pedidos e a atualização cadastral são feitas junto aos coordenadores regionais da Empresa de Assistência Técnica Extensão Rural do Ceará (Ematerce). Produtores devem procurar secretarias de agricultura e sindicato dos municípios.


Até esta sexta-feira, 22, cerca de 130 mil pedidos foram registrados. A quantidade está aquém do computado em 2019, com 271 mil atendimentos. Destes a Secretaria de Desenvolvimento Agrário (SDA) deferiu 167 mil, beneficiando 146 mil agricultores. No entanto, tendo em vista a pandemia do novo coronavírus, Neyara Lage, técnica da coordenadoria de desenvolvimento da agricultura familiar da SDA, garante que as cidades que não alcançarem a mesma demanda do último ano receberão a mesma quantidade.

"Nós priorizamos os agricultores de safras anteriores. Se ele é um agricultor novato, analisamos a disponibilidade". Segundo ela, cada produtor pode pedir mais de um atendimento. Ao fim do chamamento, o órgão estadual deve analisar as demandas para saber se tem recursos financeiros e produtos solicitados.

Neyara classifica a Ematerce como a ponta de lança da SDA. "A gente sempre prima pela parceria com as secretarias municipais de agricultura e sindicatos. O programa Hora de Plantar tem dois momentos de força tarefa: este da demanda e o segundo para distribuição junto aos parceiros", detalha.

Neste ano, a expectativa é de safra recorde. "Tivemos um bom inverno, que foi mais regular e melhor distribuído. Além da mecanização agrícola que tem avançado no Estado e que torna o plantio e a colheita, por exemplo, mais eficientes. E, claro, a semente, que é essencial. Um material de qualidade nos traz a possibilidade de produção melhor", diz.

A demanda ocorre no primeiro semestre. Há análise no segundo, para no fim do ano e início do próximo, a depender da localidade, começar a distribuição. A região do Cariri, por exemplo, sempre recebe no fim do ano, tendo em vista as chuvas que chegam mais cedo na área. Por outro lado, a Região Metropolitana de Fortaleza (RMF), geralmente, é contemplada no início de cada período.
"A expectativa para 2020 é continuar disponibilizando em torno de 3 mil toneladas de sementes. Devemos variar palma, maniva, mudas frutíferas e essências florestais. A tendência é que os produtores procurem mais pela maniva e mudas do que pela palma. Em função da produção deste ano. Já que tivemos mais alimentos para o rebanho", espera Neyara Lage.

Gerente regional da Ematerce na região Centro-sul, Mauro Nogueira também atua no município de Iguatu (361,8 km de Fortaleza). O responsável diferencia o trabalho exclusivamente online. Para tanto, um grupo como os presidentes de associações foi feito. Além da instituição de assistência técnica para os produtores. "Na nossa cidade, por exemplo, nós apostamos todas as necessidades de sementes: feijão, milho, palma forrageira, mandioca, e outras mudas frutíferas e arbóreas", elenca.
"Nós estamos em contato constante com as associações. Quase diariamente fazemos vídeo-

conferências para entender como está a situação das localidades. Ainda não temos o número fechado das quantidades de produtos solicitados pelos municípios, mas teremos em breve", comenta. A região da Ematerce Centro-Sul, pela qual é responsável, concentra 14 cidades. No total, a Empresa se divide em 18 regiões abarcando os municípios cearenses, exceto Fortaleza e Eusébio. Esses dois municípios também não são contemplados pelo programa Hora de Plantar.  


o Povo