O padre Lenilson Laurindo da Silva, 45 anos, passou a
cumprir pena em regime domiciliar nesta segunda-feira, 27. A decisão
parte da Justiça do Ceará, porque, segundo o órgão, ele integra o grupo
de risco da Covid-19.
O padre é acusado de abusos sexuais contra adolescentes no município
de Juazeiro do Norte, região Metropolitana do Cariri. Lenilson foi preso
em outubro de 2016 e já havia tentado relaxar sua prisão.
O padre estava detido na Penitenciária de Juazeiro do Norte e agora
segue sendo monitorado por tornozeleira eletrônica na cidade de Crato.
Não foi informado porque, especificamente, o acusado integra o grupo
de risco da Covid-19. O caso segue tramitando em segredo de Justiça,
razão pela qual, segundo o Tribunal, mais informações não poderiam ser
repassadas.
O padre Lenilson é bastante conhecido em Várzea Alegre, tendo em
vista que já auxiliou nas atividades na paróquia de São Raimundo Nonato.
Ele era vigário na Paróquia de Nossa Senhora de Fátima, em Crato.
Denúncias
Conforme denúncias no MPCE, o Pe. Lenilson se valia da sua condição e
explorava sexualmente as vítimas, na casa da sua irmã. Em determinadas
ocasiões ele teria chegado a oferecer dinheiro em troca de favores
sexuais. Há também informações que Lenilson trocava materiais
pornográficos. As próprias vítimas denunciaram o padre para a Polícia.
Em 2017, a defesa do padre pediu pela liberdade afirmando que a
prisão era abusiva e o réu não ofereceria riscos à sociedade. O MPCE se
posicionou afirmando que a permanência da prisão era garantia da ordem
pública. O pedido foi negado por unanimidade na Justiça.
Várzea Alegre agora