Universidades federais devem paralisar no dia 18 de março no Ceará

Blog do  Amaury Alencar



Assembleia Geral aprova adesão à paralisação nacional da educação (18M) e indicativo de greve nas universidades federais do Ceará
Assembleia Geral aprova adesão à paralisação nacional da educação (18M) e indicativo de greve nas universidades federais do Ceará (Foto: Reprodução/Adufc)
Professores e professoras das universidades federais do Ceará aprovaram, nesta terça-feira, 10, adesão à paralisação nacional da educação, indicativo de greve e a pauta de reivindicações do serviço público federal. As decisões foram deliberadas em assembleia geral que ocorreu durante toda a manhã e o início da tarde, no auditório do Centro de Ciências da Universidade Federal do Ceará (UFC), no campus do Pici, em Fortaleza. Informes e encaminhamentos também foram feitos na atividade, transmitida ao vivo para docentes das três federais, com participação de professores, via videoconferência, dos campi da UFC em Sobral e da UFCA, em Juazeiro do Norte.
Conforme Sindicato dos Docentes das Universidades Federais do Ceará (Adufc), "diante da gravidade dos ataques à carreira docente e ao serviço público como um todo", a construção de pautas da mobilização do serviço público federal foi o primeiro ponto de pauta colocado em votação e aprovado.
Entre as pautas apresentadas, estão:
-> a reposição das perdas salariais do período 2010-2019 e preservação do poder de compra;
-> a isonomia de benefícios e paridade ativo-aposentado-pensionista;
-> a valorização do serviço público e dos direitos trabalhistas;
-> a liberdade de organização e manifestação;
-> a correção da tabela do Imposto de Renda da Pessoa Física (IRPF).
A adesão à paralisação nacional da educação também foi aprovada. O ato, que ocorrerá em todo o Brasil no próximo dia 18 de março, vem sendo construído de forma coletiva e unificada, inclusive no Ceará, conforme pontuado durante a assembleia.
De acordo com o sindicato, pelo menos 15 entidades, incluindo a ADUFC, vêm participando das reuniões do Fórum Permanente em Defesa do Serviço Público. Também estão sendo realizadas plenárias ampliadas reunindo sete centrais sindicais, movimento docente e estudantil, coletivos, movimentos sociais, categorias profissionais diversas e frentes populares – em todo o país, está em pauta também a defesa do serviço público e da soberania nacional.
Na capital cearense, o ato terá concentração às 8 horas, na Praça Clóvis Beviláqua (Praça da Bandeira), no Centro – o movimento docente vai estar concentrado em frente à Faculdade de Direito da UFC, no mesmo local.
O POVO entrou em contato com a assessoria de comunicação da Universidade Federal do Ceará (UFC), mas até o fechamento desta matéria não obteve retorno.

Indicativo de greve está em processo de construção

A construção de uma greve nacional da educação vem sendo apontada em consonância com deliberações que têm ocorrido em outros segmentos do serviço público federal. Ela deve ser construída progressivamente. Nesta terça-feira, 10, foram aprovados o indicativo de greve e a organização de uma Comissão Local de Mobilização para a construção do movimento paredista. Para aprovar a greve de fato, será necessária uma nova assembleia, seguida de um plebiscito e mais outra assembleia. Após o término da atividade, vários docentes manifestaram-se no intuito de integrar a comissão, que já está aberta.


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