As indicações foram abertas ao público, feitas online, sendo acompanhadas de justificativa do mérito dos nomes sugeridos. Os indicados foram avaliados por uma Comissão de Seleção composta por sete membros: três integrantes do Conselho Estadual de Política Cultural do Ceará (CEPC); dois integrantes da Secult; um representante da Universidade Regional do Cariri (Urca); e um representante da Fundação Memorial Patativa do Assaré.
A condecoração visa promover o reconhecimento de pesquisadores, artistas, poetas e cantores populares e tradicionais que, assim como fez o grande poeta popular Patativa do Assaré, por meio de sua obra ou atuação, levam adiante os saberes e os fazeres da cultura popular tradicional.
Comenda Patativa do Assaré
A Comenda foi instituída pela Lei Estadual nº16.511 de 12.03.2018. A proposta de concessão da Comenda Patativa do Assaré é uma iniciativa da Secult. Todos os nomes acima destacados, foram indicados pelo mérito dos agraciado, e submetidos a aprovação final pelo Conselho Estadual de Política Cultural do Ceará (CEPC).Todos os agraciados preencheram os seguintes requisitos: distinguir-se por sua atuação no âmbito da cultura popular tradicional; ser autor de trabalho de notório mérito no âmbito da cultura popular tradicional.
Cerimônia de entrega
A cerimônia de entrega da Comenda será realizada pelo Governo do Ceará, através da Secult, nos termos da Lei nº 16.511/2018, no próximo dia 05 de março de 2020, durante a Festa pelo nascimento de Antônio Gonçalves da Silva, o Poeta Patativa do Assaré, que faz parte do Calendário Cultural Oficial do Estado do Ceará, nos termos da Lei nº 16.510/2018, em evento aberto ao público e realizado na Cidade de Assaré.Patativa do Assaré
Antônio Gonçalves da Silva, o Patativa do Assaré, nasceu no dia 05 de março de 1909, na Serra de Santana, no município de Assaré. Foi cantador, repentista, compositor e um dos maiores poetas populares do Brasil. Através de sua poesia, foi intérprete e porta-voz das tradições e valores do sertão e do povo excluído de seu tempo. Escreveu sobre amor, sobre o cotidiano e os dramas do sertanejo, sobre as dificuldades enfrentadas com a seca e sobre o desafio que as novas tecnologias representa às formas tradicionais de sociabilidade do sertão. Com a medida certa entre a emoção e a razão, nunca silenciou diante de censuras, nem mesmo durante o regime ditatorial. Colocou também sua poesia a serviço de lutas sociais, denunciando as desigualdades, a situação dos meninos de rua, reclamando por Reforma Agrária, reivindicando as eleições diretas e a renovação da política. Ganhou popularidade nacional e reconhecimento internacional como um dos maiores nomes da poesia brasileira por meio de diversas premiações, títulos e homenagens.(*)com informação do Governo do Estado do Ceará