Marcelo Camargo/Agência Brasil
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O programa opera desde julho do ano passado em Roraima e, segundo a Cruz Vermelha, é parte de uma resposta regional para ajudar as famílias separadas, possibilitando que informem sobre sua localização e mantenham contato com amigos e familiares. Desde o começo do programa, já foram feitos cerca de 360 mil atendimentos e 285 mil chamadas telefônicas entre venezuelanos que estão no Brasil e seus familiares, residentes em outras cidades brasileiras e no exterior. “Com a expansão do serviço, o CICV poderá atender ainda mais migrantes. Só no mês de novembro, foram mais de 30 mil atendimentos”, diz a instituição em nota.
O chefe do escritório do CICV em Boa Vista, Fernando Fornaris, afirmou que já foram atendidos migrantes que caminhavam 10 quilômetros para tentar conversar com parentes que estão em outras cidades e países. "A expansão do programa Restabelecimento de Laços Familiares em Roraima é uma maneira de nos aproximarmos da população migrante, da mesma forma que nossos serviços tentam reduzir a distância entre eles e seus familiares."
Como funciona
De acordo com a CICV, a população assistida pode restabelecer e manter o contato entre familiares gratuitamente, por meio de ligações telefônicas, acesso à internet, recarga de telefones celulares e solicitações de busca. O serviço está disponível em Boa Vista, de segunda a sexta, das 9h às 17h, e em Pacaraima, de domingo a segunda, das 9h às 17h.Os postos de atendimento em Boa Vista são: Posto de Triagem (PTRIG), Universidade Federal de Roraima (UFRR), Rodoviária Internacional, Cáritas Brasileira, Serviço Jesuítas para Migrantes (SJMR), Abrigo Nova Canaã, Abrigo Pintolândia, Abrigo Jardim Floresta, Abrigo São Vicente II, Abrigo Tancredo Neves e Abrigo Santa Teresa. Em Boa Vista, o atendimento está disponível no Posto de Recepção e Identificação (PRI), Posto de Triagem (PTRIG), alojamento transitório BV8 e na Pastoral do Migrante. Nos dois locais o serviço está disponível também durante o processo de interiorização.