Alunos, professores e técnicos administrativos da Universidade Federal do Ceará (UFC) realizam paralisação desde essa quarta-feira, 2.
Na manhã desta quinta-feira, 3, os grupos se reúnem desde as 8 horas na
Reitoria da Universidade para o ato contra cortes na verba da educação
pública.
Por volta das 9h30 min, os manifestantes fecharam o
cruzamento da Avenida da Universidade com a avenida 13 de Maio. Enquanto
o protesto caminha em direção ao Centro, o trânsito na 13 de Maio
seguia congestionado desde a altura do 23º Batalhão de Caçadores.
Já perto da 11 horas, a manifestação se concentra na
Praça da Bandeira e o tráfego na região está normalizado. Manifestantes
caminharão até a Praça General Murilo Borges (Praça da Justiça), Na rua
Pedro I.
Bruno Rocha, presidente do Sindicato dos Docentes das
Universidades Federais do Ceará (Adufc - Sindicato), diz que a entidade
move ações contra o pedido de reintegração de posse da Reitoria da UFC
e a própria nomeação de Cândido Albuquerque como reitor. Além disso, a
Adufc está em negociação com as bancadas do Estado "para recuperar
aparte dos investimentos em ciência e tecnologia que foram cortados".
"São várias frentes de atuação, mas a gente precisa do povo na rua para
legitimar todas essas ações."
"É mais uma mobilização dentre tantas neste ano em
defesa da educação publica e gratuita de qualidade e da autonomia
universitária", afirma Liz Filardi, estudante da Universidade de
Fortaleza (Unifor) e membro da União Nacional dos Estudantes.
As representações estudantis seguem mobilizadas contra o
Programa Future-se, visto como uma forma de privatização das
universidades públicas, e contra os cortes de verbas promovido pelo
Ministério da Educação.
O ato acontece no mesmo dia do aniversário
de 66 anos da Petrobras. Assim, sindicalistas do setor também estão
presentes. "A gente se alinha com o movimento pela Educação porque a
Educação está sofrendo ataques severos nesse governo. E isso acaba
afetando toda a sociedade, por isso é importante é a união", explica
Gerson Nobre, presidente do Sindicato dos Trabalhadores na Industria do
Petróleo no Ceará (Sindipetro-CE). O fortalecimento da Petrobras e a
soberania da estatal também são reivindicados.
Outras centrais sindicais e movimentos
sociais também protestam nesta manhã. Para Paulo Policarpo, do Sindicato
dos Servidores do Ministério Público do Ceará, "o momento é de luta em
defesa dos trabalhadores e da educação".
Com informações do repórter Filipe Pereira