Comissão pode votar mudanças na aposentadoria de militares

Blog do  Amaury Alencar



comissão especial da Câmara dos Deputados que analisa as mudanças no sistema de proteção social das Forças Armadas (PL 1645/19) tem reunião nesta terça-feira (22), às 13 horas, para continuar a discussão e votação do parecer do relator da matéria, deputado Vinicius Carvalho (Republicanos-SP).
Deputados iniciaram a discussão na última quarta-feira (16) e houve divergências em torno da proposta. A principal discórdia é o reajuste salarial previsto até 2023, por meio de adicionais sobre soldos diferenciados conforme posto e graduação do militar.
O deputado Paulo Ramos (PDT-RJ) pediu a rejeição da proposta, que, segundo ele, reduz direitos e prejudica praças e graduados, base da carreira. O deputado David Soares (DEM-SP) defendeu destaques que concedem percentuais iguais para todos (praças, graduados e oficiais). O deputado Glauber Braga (Psol-RJ) apoiou Soares.
Militares estaduais
Em relação a policiais militares e bombeiros militares, incluídos no texto por meio do parecer de Carvalho, houve críticas dos deputados Subtenente Gonzaga (PDT-MG)Guilherme Derrite (PP-SP) e Celina Leão (PP-DF). O relator estendeu a PMs e bombeiros as regras gerais propostas para inatividade nas Forças Armadas.
Apesar de apoiar a simetria entre militares federais e estaduais, Gonzaga e Derrite defenderam a manutenção de certas regras para PMs e bombeiros, como o adicional que assegura remuneração de patente superior. Desde 2001 isso não é permitido nas Forças Armadas, mas existe em sete estados e no Distrito Federal.
Impacto líquido
projeto original do Executivo, com mudanças nas pensões e mais o aumento nas Forças Armadas, tem como impacto fiscal líquido uma economia de R$ 10,45 bilhões em dez anos. A reforma da Previdência para os trabalhadores civis, ainda em tramitação no Senado (PEC 6/19), deve superar R$ 800 bilhões no período.
A reforma dos militares tramita em caráter conclusivo e, se aprovada na comissão especial, poderá ser enviada diretamente ao Senado Federal. No entanto, PT e PSL já anunciaram que apresentarão requerimento com pelo menos 51 assinaturas para que o texto seja analisado pelo Plenário da Câmara.
A reunião ocorre às 13 horas desta terça-feira, no plenário 2.

(*) Com informações da Câmara dos Deputados