O Ceará perdeu cerca de R$ 174 milhões com as novas regras para
distribuir os recursos do leilão do petróleo do pré-sal. Da forma como
estava no relatório de Cid Gomes (PDT) aprovado pelo Senado, o Ceará
teria direito a algo em torno de R$ 680 milhões. Com as mudanças feitas
na Câmara dos Deputados, o valor desceu para cerca de R$ 506 milhões. As
contas são do próprio senador.
Deve-se considerar que esses valores se baseiam no valor mínimo
estabelecido para o megaleilão. No caso, R$ 106 bilhões. No entanto, o
valor pode aumentar significativamente caso a disputa pelos poços de
petróleo por parte da iniciativa privada seja acirrada.
“Continuo achando que não foi a melhor saída”, disse Cid Gomes ao
Focus. Cid, no entanto, ressalta que as mudanças foram frutos de
acordos em que o governador Camilo Santana (PT) estava presente. “Não
quero ser mais real que o rei. Se o Camilo concordou, vou apoiar”, disse
o senador.
A partilha prevista para os municípios, não mudou. Considerando o preço
mínimo a ser arrecadado com o leilão, Fortaleza vai ficar com R$ 93,5
milhões. Cidades do Interior do Estado mais populosas, como Sobral e
Caucaia, vão receber em torno de R$ 10,5 milhões. A pequena Mulungu,
encravada na serra de Baturité, terá direito a R$ 1,3 milhões.
O texto modificado pela Câmara voltou para o Senado e deve ser votado na próxima semana após ser analisado em comissões.
Focus.jor