O Supremo Tribunal Federal (STF) suspendeu, por maioria de votos, a transferência do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para o presídio de Tremembé, no interior de São Paulo.
O petista está preso desde abril de 2018 na sede da Polícia Federal em
Curitiba, Paraná, que havia solicitado a transferência do político.
O ministro Edson Fachin, relator da Lava Jato no STF, foi o primeiro a votar a favor da suspensão da decisão de transferência.
A suspensão aconteceu em votação expressiva. Por 10 votos a 1, os ministros decidiram manter Lula preso
na carceragem da PF em Curitiba, pelo menos até que o STF julgue uma
ação que questiona a atuação do ex-juiz Sergio Moro – atual ministro da
Justiça – no processo que condenou o petista pelo caso do triplex em
Guarujá (SP).
Procuradora-geral da República, Raquel Dodge
defendeu que Lula fosse mantido na superintendência da PF ou em uma
cela especial, de sala de estado maior, em São Paulo. Ao contrário da
decisão anterior da Justiça Federal de Curitiba, que havia determinado
que o petista cumprisse pena no presídio de Tremembé, no interior
paulista.
Decisão foi acatada após solicitação da PF de que,
desde a prisão do petista, diversas pessoas passaram a se aglomerar no
entorno da sede do órgão. Inclusive com a presença de "grupos
antagônicos", o que teria passado a demandar atuação permanente de
agentes segurança para evitar confrontos.
O POVO