Ministro da Justiça aciona PF para investigar autores de outdoors com críticas a Bolsonaro, em Tocantins

Blog do  Amaury Alencar
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A expressão "pequi roído", utilizada no outdoor instalado em agosto de 2020, refere-se a coisas que não têm valor ou importância (Foto: Reprodução)

O ministro da Justiça, André Mendonça, determinou à Polícia Federal que investigue duas pessoas que seriam supostas responsáveis por publicação de dois outdoors na cidade de Palmas, no Tocantins, que exibiam críticas ao presidente da República Jair Bolsonaro (sem partido). A existência da investigação foi divulgada pelo "Jornal do Tocantins".

Segundo informações do veículo, a PF abriu inquérito para apurar suposto crime contra a honra de Bolsonaro. Um empresário local apresentou uma notícia-crime à PF, mas o órgão ressaltou que, de acordo com o Código Penal, crimes contra a honra cometidos contra o presidente da República só podem ser investigados mediante representação do ministro da Justiça.

Uma das placas trazia a frase: “Cabra à toa, não vale um pequi roído. Palmas quer impeachment já”. Na outra estava escrito: “Aí mente! Vaza Bolsonaro, o Tocantins quer paz”. No Tocantins, a expressão "não vale um pequi roído" é usada para se referir a algo que não tem nenhum valor.



O caso já havia sido denunciado à PF, mas foi arquivado. Em outubro de 2020, o presidente foi informado do arquivamento. Porém, Mendonça argumentou que houve grande repercussão negativa com a mensagem e solicitou uma nova investigação.

A PF investiga o empresário Roberval Ferreira de Jesus, dono da empresa que fabricou os outdoors, e o sociólogo e secretário de formação do PCdoB em Tocantins, Tiago Costa Rodrigues, que pagou pela instalação. Foram anexadas no processo 12 publicações de Tiago em sua conta no Twitter, a maioria comentando sobre os cartazes.

Segundo depoimento, foram realizadas vaquinhas online para instalar os outdoors, que custaram R$ 2,3 mil. Tiago informou que não esperava a repercussão que o caso tomou e que também já prestou depoimento afirmando que a crítica não foi "pessoal" a Bolsonaro.

                            o Povo 

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