Terceira idade em Assaré: a alegria de viver como nos velhos tempos.

Blog do  Amaury Alencar

Em Assaré, o Centro Social Maria de Jesus Oliveira, espaço que acolhe o “Projeto Pra ser Feliz não Tem Idade”, reúne todas as sextas-feiras pela manhã em animadíssimo forró, o pessoal da ‘melhor idade’ para se interagir e se divertir pra valer. 

O evento começa com os preparativos a partir das 6 horas da manhã, quando chegam as auxiliares de serviço. Elas botam em ordem o café da manhã, que será servido antes das 8 horas ao público dançador. Precisamente às 8 horas, o excelente sanfoneiro Sandoval com a sua banda regional, composta por ele na sanfona, Giovane no cavaquinho, Gambá no zabumba e Assis no triângulo iniciam a festa. Basta o fole abrir, os casais caem na dança. São mais de 60 pares que se movimentam sob o ritmo do verdadeiro forró, fazendo evoluções que causa inveja a muitos jovens. Além dos 120 inscritos no projeto, o “Forró do Idoso”, como ficou conhecido, atrai pessoas de idades inferiores, que vêm dançar ao som da irresistível banda regional de Sandoval. Todas as sextas-feiras não faltam também gente da melhor idade vinda de outros municípios, como: Jucás, Tarrafas e outros.



É preciso esclarecer que o “Projeto Pra Ser Feliz não Tem Idade” não oferece somente o forró aos seus participantes, pois, uma série de atividades são distribuídas durante a semana, como assim: terça-feira – Ginástica; quarta-feira – atividades artísticas e culturais; quinta-feira – Ginástica e sexta-feira – baile dançante, palestras educativas e utilidades públicas. Relacionadas as atividades artísticas culturais, o pessoal da melhor idade já visitou a Casa Grande de Nova Olinda, o Pontal de santa Cruz e o Museu Paleontológico de Santana do Cariri, Balneário Águas Cariris em Missão Vela, balneário do Caldas em Barbalha e o Horto da Padre Cícero em Juazeiros do Norte.


Fundado pela Coordenadora de Políticas Públicas e Sociais do Município, ativista Vandinha Almeida, o Projeto “Pra ser Feliz não Tem Idade”, faz parte das atividades do Instituto O Canto do Patativa, que tem na presidência Kelly Rodrigues e funciona com 12 oficinas que atendem a outros públicos. O instituto recebe como parceiros a Associação dos Desportistas Assarenses – ADA, Prefeitura Municipal de Assaré, SESC – Crato e Mesa Brasil.


O projeto tem na coordenação a professora Marinalva Sutério, responsável por cada detalhe do evento nas manhãs das sextas-feiras. “Assim como existem aqueles que dançam, outros estão para assistir. São aquelas pessoas que estão em dificuldades para se locomoverem ou que gostam de danças, mas não deixam de apreciar os dançarinos em ação. Temos todo o cuidado para acomodá-los nas cadeiras próximas a uma mesa com chá e café. Depois de 3 horas de intensa movimentação pela música, o baile termina às 11 horas e em seguida é servido o almoço. Todos saem alimentados para não se preocuparem em fazer comida quando chegarem em casa”, explica Marinalva Sutério. 


Quem quiser conferir o melhor forró do Mundo passe na manhã de sexta-feira no Centro Social Maria de Jesus Oliveira. São músicas de qualidade, executadas ao vivo, agradáveis tanto para ouvir como para dançar. Um idoso de outro município disse: “Eu venho brincar aqui, porque lá no meu lugar, a música é com CD. E aqui não, a gente dança vendo o cabra puxar o fole de cara-a-cara”.
Por sua vez, Marinalva Sotério sente-se orgulhosa da atividade que lhe fora confiada. 


 Antes de começar o baile ela sai olhando a fisionomia de cada cliente, dando a mão e sentindo o estado de espírito de cada um deles. “Se a gente notar que alguém está com algum problema de saúde, tomamos as providências. O nosso cuidado é total, com tudo aquilo que possa trazer alguma complicação à saúde deles. Bebida alcoólica nem pensar. E até a alimentação é feita em conformidade com o cardápio”, disse Marinalva. 

A fundadora do Instituto O Canto do Patativa, ativista Vandinha Almeida, não esconde a alegria que o projeto vem proporcionando não a ela somente, mas ao público. “Eu e meu irmão Evanderto temos a mesma linguagem social. Uma herança que recebemos da nossa mãe.


 Ela era uma pessoa caridosa e melhor do que caridosa: atenciosa. Socorria aos fragilizados e dava muita ação aos idosos em uma época que não existiam benefícios, como aposentadoria rural. Ela nos deu uma lição que nos acompanha. Não é porque estamos no poder que queremos ser bonzinhos. 

Nada disso. Sempre fomos e seremos solidários com todas as pessoas em situação de risco. Sejam elas crianças adultas ou idosas. Vejam que o Instituto O canto da Patativa foi criando muito antes de Evanderto ser prefeito”, esclarece Vandinha.

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