Secretaria de Saúde do Estado emite nota de alerta à população sobre a varíola do macaco

Blog do  Amaury Alencar
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 O Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde do Ceará (CIEVS) Ceará emitiu uma nota de alerta sobre a Monkeypox, popularmente chamada de varíola dos macacos, que tem sido registrada em vários países do mundo.

A doença, antes registrada apenas em países do continente africano, ultrapassou o oceano e já atingiu pessoas na Europa, no Oriente Médio e nas Américas. Por conta disso, o alerta orienta sobre as características da doença, sintomas e o que a população, que apresente-os, deve fazer.

O CIEVS vem alertar sobre o risco de casos de Monkeypox (varíola dos macacos) para que sejam reforçadas as medidas de vigilância e
monitoramento de casos suspeitos com notificação imediata, bem como divulgar de maneira rápida e eficaz as orientações para resposta ao evento de saúde pública.


CENÁRIO MUNDIAL E BRASILEIRO
No dia 7 de maio a Agência de Segurança da Saúde do Reino Unido (UKHSA) reportou o primeiro caso de Monkeypox (varíola dos macacos) que, acredita-se, se tratar de um caso importado. Até 25 de maio de 2022, foram notificados 209 casos em 18 países, sendo confirmados 186 casos, conforme descrito: Reino Unido (71), Espanha (41), Portugal (37),Holanda (06), Alemanha (06), Canadá (05),Bélgica (04), Itália (04), França (03), Austrália (02), Estados Unidos (02), Israel (01), Dinamarca(01), Suécia (01), Suíça (01), e Áustria (01). Permanecem em suspeito 23 casos, Canadá(20), Argentina (01), Guiana Francesa (01) e Estados Unidos (01). Até o momento não foram
notificados casos suspeitos no Brasil.

O QUE É A MONKEYPOX?
A Monkeypox (varíola dos macacos) é uma zoonose – doença que é transmitida de animais para humanos- do gênero Orthopoxirus, da família Poxviridae, que se assemelha à varíola humana, erradicada em 1980 e com isso, a vacinação foi retirada do Programa Nacional deImunização (PNI). Ocorre principalmente na África Central e Ocidental, nas proximidades de
florestas tropicais e cada vez mais frequente em áreas urbanas. Os casos são frequentemente encontrados perto de florestas tropicais onde existem animais que carregam o vírus. Evidências de infecção pelo vírus da varíola dos macacos foram encontradas em animais, incluindo esquilos, ratos caçados na Gâmbia, arganazes, diferentes espécies de macacos e outros.


TRANSMISSÃO E SINTOMAS
Sua transmissão para humanos pode ocorrer através do contato com um animal ou humano infectado, ou com material corporal humano contendo o vírus. A transmissão entre humanos ocorre principalmente através de grandes gotículas respiratórias. Como as gotículas não podem viajar muito, é necessário um contato pessoal prolongado. O vírus também pode infectar as pessoas através de fluidos corporais, contato com a lesão ou contato indireto com o material da lesão. Monkeypox apresenta febre, uma erupção extensa característica e linfonodos geralmente inchados. É importante distinguir a varíola de outras doenças, como varicela, sarampo, infecções bacterianas da pele, sarna, sífilis e alergias associadas a edicamentos. O período de incubação da varíola dos macacos pode
variar de 5 a 21 dias. O estágio febril da doença geralmente dura de 1 a 3 dias com sintomas que incluem febre, dor de cabeça intensa, linfadenopatia (inchaço dos gânglios linfáticos), dor nas costas, mialgia (dor muscular) e astenia intensa (falta de energia). O estágio febril é seguido pelo estágio de erupção cutânea, com duração de 2 a 4 semanas. As lesões evoluem de máculas (lesões com base plana) para pápulas (lesões dolorosas firmes elevadas).

DEFINIÇÃO DE CASO
Caso suspeito: Pessoa de qualquer idade que apresente início súbito de febre (>38,5 ºC), adenomegalia e erupção cutânea aguda inexplicável E que apresente um ou mais dos seguintes sinais ou sintomas: dor nas costas, astenia, cefaleia, E excluindo as doenças que se enquadram como diagnóstico diferencial* E/OU qualquer outra causa comum
localmente relevante de erupção vesicular ou papular. *varicela, herpes zoster, sarampo, zika, dengue, Chikungunya, herpes simples, infecções bacterianas da pele, infecção gonocócica disseminada, sífilis primária ou secundária, cancróide, linfogranuloma venéreo, granuloma inguinal, molusco contagioso (poxvirus), reação alérgica (como a plantas).
Caso provável: Pessoa que atende à definição de caso suspeito E um ou mais dos seguintes critérios: ter um vínculo epidemiológico (exposição próxima e prolongada sem proteção respiratória; contato físico direto, incluindo contato sexual; ou contato com materiais contaminados, como roupas ou roupas de cama) com um caso provável ou confirmado de
Monkeypox, desde 15 de março de 2022, nos 21 dias anteriores ao início dos sintomas OU histórico de viagem para um país endêmico ou com casos confirmados de Monkeypox nos 21 dias anteriores ao início dos sintomas.
Caso confirmado: Pessoa que atende à definição de caso suspeito ou provável que é confirmado laboratorialmente para o vírus da Monkeypox por teste molecular (qPCR e/ou sequenciamento). Caso descartado: Pessoa que não atende aos requisitos necessários à sua confirmação como uma determinada doença


NOTIFICAÇÃO DE CASOS
O Ministério da Saúde do Brasil, através da Sala de Situação Nacional de Monkeypox, está em processo de desenvolvimento de fichas de notificação e investigação para o território nacional, com estabelecimento da obrigatoriedade de notificação imediata, em até 24 horas, pelos profissionais de saúde de serviços públicos ou privados. Assim, os
instrumentos encontram-se em validação interna. Os casos suspeitos de monkeypox (varíola dos macacos) no Ceará, deverão ser notificados
de forma imediata, em até 24 horas, para o CIEVS Estadual, através dos canais listados abaixo, por se tratarem de eventos de saúde pública (ESP), conforme disposto na portaria do ministério da saúde nº 1.102, de 13 de maio de 2022 e portaria do estado do ceará n° 2.854 de 09 de agosto de 2011.

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