O
presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta quinta-feira (4) que foi
acertado o pagamento de mais duas parcelas do auxílio emergencial, mas
com valor inferior aos atuais R$ 600. A informação foi dada pelo
presidente durante sua live semanal, transmitida pelas redes sociais.
"Vai ter, também acertado com o [ministro da
Economia] Paulo Guedes, a quarta e a quinta parcela do auxílio
emergencial. Vai ser menor do que os R$ 600, para ir partindo exatamete
para um fim, porque cada vez que nós pagamos esse auxílio emergencial,
dá quase R$ 40 bilhões. É mais do que os 13 meses do Bolsa Família. O
Estado não aguenta. O Estado não, o contribuinte brasileiro não aguenta.
Então, vai deixar de existir. A gente espera que o comércio volte a
funcionar, os informais voltem a trabalhar, bem como outros também que
perderam emprego", disse.
O auxílio emergencial foi aprovado pelo
Congresso Nacional em abril e prevê o pagamento de três parcelas de R$
600 para trabalhadores informais, integrantes do Bolsa Família e pessoas
de baixa renda. Mais de 59 milhões tiveram o benefício aprovado. O novo
valor ainda não foi anunciado pelo governo.
O presidente também antecipou um possível
aumento no valor do benefício do Bolsa Família, pago a cerca de 14
milhões de famílias em situação de pobreza e pobreza extrema. O valor do
eventual aumento ainda será anunciado, garantiu o presidente, sem
especificar uma data.
"Acho que o pessoal do Bolsa Família vai ter
uma boa surpresa, não vai demorar. São pessoas que necessitam desse
auxílio, que parece que está um pouquinho baixo. Então, se Deus quiser, a
gente vai ter uma novidade no tocante a isso aí", afirmou.
Liberação de praia
Durante a live, o presidente defendeu a
liberação de acesso às praias, que está proibida na maioria das capitais
litorâneas do Brasil, e que a Advocacia-Geral da União (AGU) vai emitir
um parecer favorável sobre o assunto.
"O governo federal vai opinar favoravelmente
para aquela pessoa ir à praia, agora o juiz de cada cidade, que vai
recepcionar esses mandados de segurança, é que vai decidir se o João
pode ir para a praia ou não. Eu não vejo nada demais ir para a praia,
praia é saúde", afirmou.
O fechamento das praias faz parte das
estratégias dos governos estaduais e prefeituras para evitar
aglomerações. O isolamento social é considerado pela Organização Mundial
da Saúde (OMS) e por especialistas como a principal forma de evitar
disseminação em massa do novo coronavírus.
Repatriação
O presidente Jair Bolsonaro ainda afirmou
que 23 mil brasileiros foram repatriados ao país desde o início da
pandemia. São pessoas que ficaram retidas no exterior com o fechamento
das fronteiras por centenas de países e estavam recebendo apoio
logístico e diplomático do governo para retornarem.
O governo ainda deve investir mais R$ 10
milhões para a repatriação de mais 3 mil pessoas que seguem sem
conseguir voltar ao Brasil.