Idilvan Alencar (PDT-CE) (Foto: Michel Jesus/ Câmara dos Deputados)
O deputado federal Idilvan Alencar (PDT-CE), entrou na Justiça com ação popular solicitando o adiamento do Enem 2020 devido à pandemia do coronavírus, uma vez que o STF indeferiu a ação impetrada pelo PDT no último dia 1º. Dentre
os motivos da solicitação está o entendimento de que a manutenção do
calendário do Exame, nas atuais circunstâncias, prejudica os alunos mais
pobres que têm nas escolas — fechadas durante a pandemia —, a principal
fonte de acesso à internet.
Em nota, Idilvan disse que conversou com
presidentes de entidades estudantis para realização de campanha nacional
pelo adiamento das provas e pelo diálogo do Ministério da Educação
(MEC) com estudantes, secretários de educação e universidades federais
para a elaboração de um calendário em comum acordo.
"Nenhuma dessas ações seriam necessárias se o sr.
Ministro da Educação (Abraham Weintraub) conduzisse sua pasta com bom
senso e responsabilidade. Ao invés disso, ele parece mais preocupado em contribuir para uma crise diplomática com a China do que fazer seu trabalho", escreveu.
No documento, destaca-se a preocupação com estudantes
de áreas rurais, que, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de
Domicílios Contínua (2017), registram média nacional de utilização da internet de 41%, chegando aos patamares de 27,3%, no Norte, e 35,8%, no Nordeste.
Além disso, o deputado embasa o pedido dele em números
do Censo Escolar de 2018, elaborado pelo próprio Instituto Nacional de
Estudos e Pesquisa (Inep), responsável pelo Enem. O levantamento aponta que 95,1% das escolas de ensino médio têm acesso à internet, sendo o percentual de 93,6% nas públicas, o que, segundo ele, "comprova o papel de inclusão digital das mesmas".
o Povo