Acusado de crimes sexuais, ex-prefeito de Uruburetama vai para prisão domiciliar

Blog do  Amaury Alencar



José Hilson de Paiva foi eleito prefeito de Uruburetama em 2016
José Hilson de Paiva foi eleito prefeito de Uruburetama em 2016 (Foto: Fábio Lima)
Preso após série de crimes sexuais praticados durante consultas ginecológicas, o ex-prefeito de Uruburetama, José Hilson de Paiva, teve prisão preventiva substituída por prisão domiciliar, e será monitorado por tornozeleira. A decisão foi proferida nesta quarta-feira, 1º, por juízes das comarcas de Uruburetama e Cruz.

O pedido da defesa se baseia na crise provocada pelo novo coronavírus e no quadro de saúde do cliente, segundo os advogados que o defendem. O político de 70 anos estava na Unidade Prisional Irmã Imelda, O Povo em Aquiraz.

Decisões similares foram tomadas pelo País em razão da pandemia do novo coronavírus. Uma das mais recentes contemplou o ex-presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha. O benefício foi concedido pela juíza Gabriela Hardt, da 13ª Vara Federal de Curitiba. A magistrada substituiu Moro na condução das condenações em primeira instância da Lava Jato.

Pedido negado em fevereiro

Antes de a Covid-19 ter sido categorizada como pandemia, ou seja, ter se espalhado pelo mundo, a defesa de Hilson já havia solicitado a substituição da prisão preventiva pela prisão domiciliar. À época, o argumento de Leandro Vasques, um dos advogados que o defendem, foi de que os crimes de assédio sexual e estupro não eram contemporâneos ao período da prisão.
Na argumentação, a defesa adicionou ainda que Hilson precisava da substituição do modelo de prisão para tratamento médico. O pedido foi negado pela 3ª Câmara Criminal Tribunal de Justiça do Ceará 

(TJCE).