
O Ceará, um dos principais polos econômicos do Nordeste, entra em 2025 com expectativas otimistas para suas exportações. O lançamento do Mapa de Oportunidades do Ceará pela Apex-Brasil, aliado a um estudo do Centro Internacional de Negócios (CIN) da Federação das Indústrias do Ceará (FIEC), destaca um crescimento expressivo em setores-chave, com foco na industrialização e na expansão para mercados emergentes.
O setor calçadista cearense se consolida como o segundo maior exportador do Brasil, com forte presença na América do Sul e crescimento acelerado na Ásia e Europa. Em 2024, houve um aumento significativo nas exportações para Indonésia, México e Alemanha, reforçando o potencial da indústria local. Mais de 34 países importaram volumes superiores a US$ 1 milhão, evidenciando a competitividade do setor.
Ainda segundo o documento, o setor têxtil cearense continua a expandir suas exportações, especialmente no segmento de tecidos de algodão grosso. Com um crescimento de 31% em 2024, alcançando US$ 23 milhões em exportações, o estado tem ampliado sua atuação na América Latina, Europa e Ásia.
A diversificação dos mercados reforça a posição do Ceará como um importante player global no setor têxtil.
Já a indústria da moda íntima cearense também registra avanços notáveis. Em 2024, as exportações cresceram 11%, atingindo US$ 776 mil. O Paraguai, Uruguai e Angola despontam como mercados em expansão, impulsionados pela qualidade e inovação no design dos produtos. O setor está cada vez mais voltado à internacionalização, consolidando-se como uma promessa para os próximos anos.
O documento destaca ainda o setor de pescados e seus derivados, que segue consolidado como um dos mais fortes do Ceará, alcançando um total de US$ 113 milhões em exportações em 2024, o que representa um aumento de 27% em relação ao ano anterior. Os Estados Unidos, que concentram 47% do total de vendas, tiveram destaque com um crescimento expressivo de 55,4% em comparação a 2023. Os principais produtos exportados para o mercado norte-americano incluem lagostas, pargos e outros peixes congelados, que atendem à alta demanda por frutos do mar de qualidade. O grupo dos crustáceos foi o grande destaque do setor, registrando US$ 54,6 milhões em exportações. Esse resultado reflete o aumento da demanda em mercados tradicionais como Estados Unidos e China, que valorizam tanto a qualidade quanto a sustentabilidade dos produtos cearenses.
Setores emergentes também demonstram potencial de crescimento. O segmento de cosméticos capilares tem atraído novos consumidores na América Latina e Oriente Médio, impulsionado pela crescente demanda por produtos de alta performance. Paralelamente, as cerâmicas cearenses vêm conquistando espaço internacional devido à qualidade reconhecida de seus produtos.
“Com um ecossistema industrial robusto e infraestrutura aprimorada, o Ceará se posiciona como um hub de exportação cada vez mais competitivo. As projeções para 2025 indicam uma expansão acelerada, tornando o estado uma referência para investimentos internacionais e crescimento sustentado no comércio global”, avalia o economista Helder Cavalcante.