O Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) tem, atualmente, uma fila com 1.844.820 de pessoas à espera de resposta sobre pedidos de aposentadorias, pensões, auxílios e do BPC (Benefício de Prestação Continuada). Os números são do Instituto Brasileiro de Direito Previdenciário (IBDP). Mesmo com o anúncio de medidas para agilizar a análise dos processos, o INSS não conseguiu diminuir a longa fila de quem entra com um requerimento e tem pressa em receber a aposentadoria ou o auxílio.
Três fatores podem ser apontados para a lentidão nas respostas aos segurados e beneficiários da previdência social: um desses fatores é o reduzido quadro de pessoal do INSS. Os outros dois aspectos são os efeitos da reforma da previdência social, com novas regras que entraram em vigência a partir do mês de novembro de 2019, e a pandemia da Covid, nos anos de 2020 e 2021, que deixou, até o momento, 582 mil óbitos, gerando, assim, demanda por pensões.
Do total de pedidos encaminhados ao INSS, pelo menos, 694 mil solicitações se referem ao BPC, que é pago a pessoas idosas ou a quem apresenta deficiências. O benefício corresponde a um salário mínimo, mas só é liberado quando, na mesma residência, a renda per capta é inferior a um quarto de salário mínimo.
Os números do IBDP publicados, nesta sexta-feira, pelo Jornal Extra, do Rio de Janeiro, apontam que, em todo o Brasil, são 259.942 pedidos de aposentadoria por tempo de contribuição no país, 203.921 requerimentos com solicitação de pensões, 170.121 de salário-maternidade e 157.761 de auxílio-doença. De acordo com o Gerente Executivo do INSS, agência Fortaleza, Francismar Lucena, os mutirões realizados, aos sábados no Ceará, fizeram despencar para apenas 2.000 o número de pedidos pendentes de respostas aos segurados.
Ceará Agora