Operação do Grupo Especial de Fiscalização Móvel (GEFM), coordenado pela Secretaria de Inspeção do Trabalho (SIT) do Ministério do Trabalho e Emprego. | Foto: Polícia Federal
Nathalie Fernandes
Entre os dias 27 de outubro e 5 de novembro, a Polícia Federal (PF) resgatou 20 trabalhadores em situação análoga à escravidão durante uma operação do Grupo Especial de Fiscalização Móvel (GEFM), coordenado pela Secretaria de Inspeção do Trabalho (SIT) do Ministério do Trabalho e Emprego.
As ações ocorreram nos municípios de Juazeiro do Norte (CE), Caldeirão Grande do Piauí (PI), Araripina (PE), Exu (PE) e Parnamirim (PE). Do total de resgatados, 14 são pernambucanos, cinco do Piauí e um de Juazeiro do Norte.
Durante a operação, os auditores-fiscais do trabalho inspecionaram oito frentes de serviço ligadas à extração e beneficiamento de pedras de paralelepípedo, além de uma obra pública que utilizava o material proveniente das pedreiras. Em seis locais, foram constatadas condições degradantes de trabalho, com ausência de direitos trabalhistas básicos e graves riscos à saúde e à segurança dos empregados.
Alojamentos precários e falta de direitos
As fiscalizações identificaram alojamentos insalubres, falta de registro em carteira (CTPS) e ausência de equipamentos de proteção individual (EPIs), entre outras irregularidades. Segundo a PF, os trabalhadores viviam e trabalhavam em condições que violavam a legislação trabalhista e os direitos humanos.
Após o resgate, as equipes garantiram o pagamento das verbas rescisórias e o encaminhamento das vítimas aos órgãos de assistência social e trabalhista.
As diligências foram coordenadas pela Delegacia da Polícia Federal em Juazeiro do Norte, que segue acompanhando as investigações para responsabilizar os empregadores envolvidos.
