Vereador empossado ontem em Varjota, Zé Marcelo já foi preso por estupro de vulnerável

Blog do  Amaury Alencar
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Foto: Reprodução/Câmara Municipal


Horas depois de ter sido empossado como vereador em Varjota, o jornal O POVO trouxe à tona nesta quinta-feira (22/06) a investigação que continua tramitando contra José Marcelo Lopes (PL), por suposto estupro de vulnerável, acusação que levou o parlamentar a ser preso em 2015, quando era presidente da Câmara. Com a renúncia de Edgar Procópio, ele assumiu a vaga em definitivo no Legislativo, para o seu oitavo mandato.

 Segundo a denúncia apresentada pelo Ministério Público, na época, o acusado, que tinha 59 anos, vivia maritalmente com uma adolescente de 13 anos. “Contra quem, praticou, de forma continuada, inúmeros atos libidinosos, inclusive conjunções carnais", afirma o texto.


O envolvimento teria começado em março de 2015, quando a menina postou uma foto em uma rede social. O vereador teria escrito elogios à aparência física da menor. A partir daí, os dois teriam passado a trocar mensagens até se encontrarem pessoalmente e assumirem publicamente o relacionamento.
"Aquela situação delituosa a partir de maio último, a repercutir perante boa parte da sociedade de Varjota. Isso porque passaram a frequentar inúmeros lugares públicos do município, como lojas, churrascaria e até mesmo a Igreja, locais onde o acusado tratava (a menor) como sua esposa", diz a Procuradoria de Justiça.

Narra a denúncia que o vereador "tascava beijos lascivos na adolescente, assim como a abraçava intensamente". O parlamentar chegou a alugar uma casa para morar com a menor, onde "passaram a ter relações sexuais de forma recorrente", parando apenas quando o vereador foi preso preventivamente. A Promotoria tomou conhecido do caso em junho de 2015, quando solicitou que o Centro de Referência da Assistência Social (Cras) realizasse um estudo de caso e a Polícia abrisse um inquérito.
O parecer do órgão apontou que a adolescente estaria sendo vítima de violação há cinco meses e que a mãe da jovem teria "cumplicidade" por não ter tomado nenhuma providência após ser informada do relacionamento e que a menor iria morar com o vereador. Em depoimento, tanto o vereador como a menor afirmaram que tinham a intenção de se casar e o “impedimento” era a idade da jovem.

Conforme o Código Penal, é considerado crime de estupro de vulnerável o abuso sexual cometido contra menores de 14 anos ou pessoas que, por qualquer causa, não possam oferecer resistência. Fontes, que pediram para não serem identificadas, contaram ao O POVO que o vereador ficou preso cerca de um mês. 

A posse, segundo os relatos, gerou um clima de insatisfação popular e diversos comentários. “A população não entende, a cidade vive com essas indagações e vários comentários”, contou outra fonte. Como ainda não houve julgamento do caso, não há impedimentos para que o vereador assuma.


As últimas movimentações judiciais são deste ano, quando houve diversas tentativas de contato com a defesa do vereador para apresentar as alegações finais no processo. Por uma queda de energia na cidade, a advogada pediu mais tempo para apresentar defesa.

                                                   A voz de Santa Quitéria 

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