Monocultura da soja é preocupação eminente, diz Presidente do Comitê da Bacia do Salgado

Blog do  Amaury Alencar
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Wyldevânio Vieira, falou sobre os impactos da chegada da monocultura de soja na região do Cariri (Foto: Reprodução)

Na manhã desta sexta-feira (17 de dezembro) a TV Assembléia Ceará realizou uma transmissão ao vivo da reunião técnica dos comitês das Bacias Hidrográficas do Ceará, que debateram a segurança e gestão de recursos hídricos. Na ocasião, o presidente do Comitê da Bacia do Salgado, Wyldevânio Vieira, falou sobre os impactos da chegada da monocultura de soja na região do Cariri e os impactos negativos no lençol freático.

De acordo com Wyldevânio Vieira, a chegada da monocultura de soja dentro da região da Bacia do Salgado é uma preocupação eminente “nós sabemos o quanto essa cultura é agressiva e prejudicial”. Na ocasião, o presidente ainda afirmou que o desmatamento para a implementação da monocultura também acontece na Área de Proteção da Ambiental (APA) da Chapada do Araripe, e ressalta a preocupação pela localização na Bacia Sedimentar do Araripe, “um dos maiores tesouros do estado”, conclui.

Wyldevânio, afirmou que o desmatamento, a poluição e o avanço urbano desordenado entre os municípios de Crato, Juazeiro e Barbalha, causam grande impacto para os recursos hídricos, “a região está assentada sob o maior lençol freático do estado do Ceará, a Bacia Sedimentar do Araripe”, afirma. O presidente do comitê ainda afirmou que existe a preocupação com a gestão, que deve ser responsável com relação aos recursos “que não seja um crescimento, mas sim um desenvolvimento, mas que seja feito de forma sustentável e ambientalmente correta”, afirma.

ENTENDA O CASO

No dia 10 de dezembro, foi publicada uma matéria sobre o avanço do desmatamento na região do Dom Leme, em Santana do Cariri, perdendo mais de 200 hectares que seriam associados a uma granja de Pernambuco para o plantio de soja. Em matéria publicada no dia 09 de novembro, no município de Exu, Pernambuco, a empresa já teria desmatado mais de 300 hectares da região Serra da Perua.

Fonte: Site Miséria

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