Cenário de incerteza sobre o futuro marca escolha, neste domingo, do candidato do PSDB a presidente da República

Blog do  Amaury Alencar
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 As atenções dos bastidores políticos estão voltadas para escolha, neste domingo, do candidato do PSDB à Presidência da República. O partido recorreu às prévias para definir entre três nomes – João Doria, Eduardo Leite e Artur Virgílio, qual candidato será lançado ao Palácio do Planalto em 2022. Principal liderança do PSDB no Ceará,o senador Tasso Jereissati é aliado ao Governador do Rio do Sul, Eduardo Leite.

O resultado oficial da eleição interna será anunciado, em Brasília, por volta das 17 horas. Os filiados, entre militantes, vereadores, vice-prefeitos, prefeitos, deputados estaduais e federais, senadores e governadores, participam das prévias de forma virtual e presencial. A votação, com a presença física, será, porém, limitada aos dirigentes nacionais, ex-presidentes, governadores e parlamentares e integrantes da Executiva Nacional que se encontram em Brasília.

DIVISÃO, 3ª VIA E FUTURO INCERTO

O PSDB enfrenta um dos cenários mais adversos dos 42 anos de existência a partir do racha em sua principal base eleitoral, o Estado de São Paulo, onde o Governador João Doria rompeu com o antecessor Geraldo Alckmin. As divergências estão levando Alckmin a deixar os quadros do PSDB e o levarão a se filiar ao PSD ou ao PSB para concorrer, em 2022, ao Governo de São Paulo. Os dirigentes do futuro ‘União Brasil’, que nasce da fusão do DEM com o PSL, também, o querem como filiado.

O ex-governador Geraldo Alckmin fez questão de participar das prévias e trabalha para derrotar o seu afilhado político, João Doria. O gesto do ex-governador dá esperanças de que, se o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, for escolhido candidato a Presidência da República, Alckmin seja convencido a permanecer no PSDB. A articulação nesse sentido fica, porém, inviável porque, até o momento, o controle do diretório estadual é do Governador João Doria, que já lançou o vice Eduardo Garcia como nome à sucessão..

A divisão no ninho tucano em São Paulo mostra a fragilidade que o partido enfrenta em todo o Brasil. O racha pode se aprofundar ainda mais se o Governador de São Paulo sair vitorioso nas prévias deste domingo. Sem conseguir unir o próprio PSDB, João Doria enfrenta turbulência para, no caso de vitória neste domingo, atrair outros partidos para construção da chamada terceira via ao Palácio do Planalto.

Doria já sente os contratempos e, antes mesmo do resultado final das prévias, chegou a admitir que poderá abrir mão de uma eventual candidatura para ajudar a fortalecer uma chapa de terceira via, uma alternativa para os eleitores que se opõem à reeleição do presidente Jair Bolsonaro e aos que não querem a volta do ex-presidente Lula.

FRAGILIDADE LÁ, DIVISÃO CÁ!

Os rumos mais promissoras para o PSDB do Ceará dependem, também, do resultados da briga pela escolha do candidato do partido à sucessão presidencial. Se Eduardo Leite sair vitorioso, os tucanos alimentarão mais esperanças de revitalizar a sigla com articulações que poderão ser feitas no apoio nacional ao Governador gaúcho.
O senador Tasso Jereissati se engajou à campanha de Eduardo Leite, mas, no Ceará, viu o PSDB dividido, com o grupo ligado ao prefeito de Maracanaú, Roberto Pessoa, integrado à candidatura de João Doria. Nesse bloco, estão o ex-prefeito de Maracanaú, Firmo Camurça, a deputada estadual Fernanda Pessoa, o deputado estadual Nelinho Freitas e o deputado federal Danilo Forte.

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