Farmácias Vivas cearenses têm 30 espécies medicinais

Blog do  Amaury Alencar
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 De acordo com levantamento da Secretaria de Saúde do Estado (Sesa), o Ceará possui 30 espécies de plantas medicinais regulamentadas para a utilização em procedimentos relacionados à Fitoterapia – técnica que estuda as funções terapêuticas das plantas e vegetais para prevenção e tratamento de doenças. As espécies, cultivadas no Horto Estadual do órgão de saúde cearense, são fruto da implantação das Farmácias Vivas, que, na avaliação de Andrea Ramalho, farmacêutica da Sesa, evidenciam o potencial do solo cearense na produção de insumos medicinais. Além disso, reduzem custos no orçamento e otimizam os processos medicinais no estado.

Foto: Ribamar Neto/UFC


“Os municípios conseguem reduzir os custos com as compras de medicamentos, além de ser, também, uma forma de aproximar os profissionais da população, visto que, para o uso dos produtos, são necessárias orientações. A Fitoterapia oferece à população a planta medicinal certificada e os fitoterápicos com orientação para o uso racional de plantas nas Farmácias Vivas implantadas nos municípios cearenses”, salienta.


Dentre as espécies medicinais cultivadas no Ceará, segundo relação elaborada pelo Comitê Estadual de Fitoterapia, em 20 de março de 2012, por meio da Portaria nº 275, destacam-se: açafrão, agrião-bravo, alecrim pimenta, alfavaca-cravo, aroeira do sertão, babosa, cajazeira, capim santo, chambá, colônia, confrei, cumaru, erva-cidreira, eucalipto-medicinal, funcho, gengibre, goiabeira-vermelha, guaco, hortelã-japonesa, holmes, hortelã-rasteira, malvarisco, malva-santa, maracujá, mastruço, melão-de-são-caetano, mentrasto, mororó, pau d’arco roxo, quebra pedra e romãzeira.

Tipos
No ano em que a Política Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos e de Práticas Integrativas Complementares completa 15 anos, Andrea Ramalho também explica que há três modelos de Farmácias Vivas no Ceará, apontando as diferenças entre elas.


“O modelo I, em que existe o horto medicinal e a dispensação da planta in natura. Já no II, também contamos com a presença do horto medicinal, contudo, a dispensação acontece em plantas que já passaram por um processo chamado de beneficiamento primário, além disso, se trabalha com agricultura familiar. O terceiro modelo, por sua vez, conta com o horto medicinal, com a dispensação da planta medicinal, bem como a preparação de fitoterápico, em que há a oficina farmacêutica”, detalha.


A farmacêutica reitera que a implementação das Farmácias Vivas implica no incentivo à pesquisa, na ampliação das alternativas terapêuticas, de modo a fortalecer a atenção primária, na “valorização do conhecimento tradicional da planta medicinal”. Ademais, Ramalho conceitua esta prática como um “resgate dos saberes populares”, tal como um método a mais de preservação da biodiversidade cearense. As 30 espécies medicinais fazem parte dos cerca de 2.465 tipos de plantas existentes na flora do estado, conforme dados do Inventário da Flora Cearense, da Secretaria do Meio Ambiente do Ceará (Sema).

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