Para conter impactos do avanço do novo coronavírus na economia,
o ministro da Economia, Paulo Guedes, disse que o governo vai permitir o
diferimento do prazo de pagamento do FGTS. A medida terá duração de
três meses e deve injetar R$ 30 bilhões na economia.
Foto : Congresso em foco Uol
Segundo o ministro, a medida visa a ajudar as empresas com
dificuldade de capital de giro. "A empresa está apertada, pararam de ir
aos restaurantes, não é correto exigir dela que ela continue pagando
isso. Como o fundo do FGTS está forte, recebendo reforço (do PIS/Pasep),
podemos ficar sem recolher", afirmou.
O governo também vai permitir o diferimento do pagamento dos
impostos devidos à União pelo Simples para pequenas e médias empresas,
também por três meses. A medida terá impacto de R$ 22,2 bilhões.
Guedes disse que haverá ainda R$ 5 bilhões do Proger, programa do
governo que oferta de linhas de crédito com recursos do Fundo de Amparo
ao Trabalhador (FAT), para micro e pequenas empresas.
O ministro disse ainda que, por três meses, haverá redução de 50%
das contribuições do Sistema S, que permitirá injeção de R$ 2,2 bilhões.
"O Sistema S tem muitos recursos e liquidez substancial", afirmou,
ressaltando que há um "caixa forte e vigoroso" no Sistema S. "Avisamos
desde a campanha que o Sistema S teria que contribuir com a economia
brasileira."